quarta-feira, 30 de maio de 2007

TeleTela...

Sentidos...
Num simples toque...
porque somos feitos de pele e sentidos.
Mas também de pele e espinhos.
Necessitamos carinho. Ah, ninguem me fez um cafuné hoje...!!?! E eu vou ficar de braços cruzados?
Faço eu mesmo em mim! Louco? Não tenho este direito?
Sentir-se. Faz parte de ser livre. Poder se tocar, começar a se amar. Sentir seu corpo, perceber seu limite.
Limite físico, da alma, do pensamento. Seu pensamento não consegue ultrapassar este limite físico que vc sente ao se tocar. Abraçar a si mesmo. Se dar carinho, e por que não? Um simples toque...um aperto de mão, abraço apertado...Quando estamos longe percebemos o quão valioso são estes pequenos gestos.
E eu estou indo pra longe gente.
Ou pra perto, depende de quem estiver lendo.
Que teimosia é esta que insiste em me convencer que podemos sonhar e desejar o "suave" vivendo em um mundo cítrico? Azedo, espinhoso? A mesma teimosia que nos faz escrever, pintar, desenhar, musicar, sorrir. A mesma insistencia que faz com que acordemos todos os dias, e digamos não à depressão, não ao não tentar, não a tudo o que possa nos deixar prostrados diante de algo aparentemente inevitável.
Bom...inevitável é a minha felicidade. Não existe outra alternativa, entenderam? Não há outra opção, a não ser "ser feliz".
Como isto se dá, ai é tarefa de cada um. Podem os filósofos tentar decifrar o tempo que o homem vive, mas cabe a cada um de nós entender o seu próprio tempo. Eu por exemplo, cheguei a conclusão que estamos vivendo uma nova idade média. Sim...preconceitos a parte, que nos foi ensinado desde cedo, este período foi bastante interessante sob certos aspectos. Gosto da idéia do homem da idade média ser um especialista em tudo. Ele sabia de matemática, filosofia, alquimia, química, astronomia, astrologia, física...Com o tempo, veio a especialização, e o tédio reinou sobre o conhecimento. Notaram como isto vem mudando de tempos pra cá? Aos poucos, um especialista precisava dominar uma outra área do conhecimento, e isto foi crescendo, e hoje enxergamos o macro novamente como a real fonte de sabedoria. É preciso saber tudo, entender tudo, porque tudo está ligado, não há divisão entre psicologia e nutrição, biologia e história. Um dia li um artigo falando sobre como nutricionistas ajudaram antropólogos a entender achados arqueológicos.
O homem da idade média também era um homem do mundo. Um verdadeiro cidadão do mundo. Víamos um italiano ativo na corte sueca, um austríaco na corte espanhola, um mercador português passeando pelo libano. Aí vieram os tempos modernos, as nações deixaram de ser povos, e passaram a ser estados, e vivemos nazismos, fascismos, ufanismos, militarismos, e tantos outros maluquismos...Hoje, sou um cidadão do mundo.
Vou andar pelo mundo, porque faço parte dele. Vou descobrir tudo o que puder descobrir, porque tudo está ligado, unido, atado.
A teoria do Caos, táquions, receita de bolo, onças em extinção, o aumento da temperatura global, o aumento da minha conta de luz...tudo isto está ligado e me interessa. Ou quase tudo...continuo sem querer saber de futebol. Acho que por isto mesmo posso dizer que sou um homem moderno, rs!
No brilho da tela....se revelam paixões, encontros, reencontros, lazer, prazer, curiosidade, nostalgia.
No brilho da teletela do bem, eu escrevo e sou lido. Leio e absorvo. Um toque virtual, e sinto prazer. De saber que meu amigo ainda é meu amigo, mesmo com tantos quilômetros nos separando.
Um toque virtual, um emoction que nos faz sorrir.
Brilho nos olhos.
Estou feliz.

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