sexta-feira, 8 de junho de 2007

Desentendimento...

Conheci uma tailandesa nestes últimos tempos, e por estes dias, pedi que ela falasse algo em tailandês, já que eu não tinha idéia de como era a sonoridade desta lingua. Bastou que ela falasse uma palavra apenas "obrigado", com três sílabas com um som totalmente diferente de tudo o que eu já ouvira, que me desse por satisfeito.
No dia a dia, é fácil nos desentendermos com alguém. Tenho certeza de que eu conseguiria me comunicar com um tailandês, desde que houvesse a necessidade de nós dois nos entendermos, e ainda que não pudessemos discorrer sobre política ou algo mais abrangente, certamente, através de sinais e gestos, e principalmente, com muita boa vontade, nos entenderíamos a nossa maneira, e haveria acordo entre nós.
O difícil não é exatamente desconhecer o idioma do outro, mas simplesmente não ter vontade de compreendê-lo, e quando isto acontece, até mesmo um casal passa a falar idiomas tão distintos entre si, como o português e o tailandês. Se não houver a necessidade e a vontade, o diálogo passa a ser uma aventura enfadonha, e vai ser difícil encontrar a paz desde jeito.
Às vezes, nem um gesto é necessário...todos sabem que basta um olhar para que compreendamos o outro... desta maneira, por que insistimos em nos "cegar" com relação ao companheiro, e nos tornarmos verdadeiros estrangeiros onde deveria ser nosso lar?
Por que transformar entendimento em tédio?
Compreensão em desarmonia?
Não sei, mas garanto que se descobrir escrevo aqui... nem que tenha que escrever em tailandês.

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