domingo, 31 de agosto de 2008

Ainda me surpreendo...

É verdade, 1 ano de Japão e ainda me surpreendo com as coisas aqui do arquipélago. 

Li um dia destes que o setor de serviços aqui do Japão é considerado o melhor do mundo, e de fato, o atendimento que recebemos aqui, desde pequenas lojas até na prefeitura, é coisa de deixar qualquer brasileiro de boca aberta. Somos atentidos de tal forma, que nos sentimos realmente respeitados e valorizados. É tanta coisa pra falar que vou fazer isto em um post a parte. Este aqui é só pra contar o que me aconteceu neste sábado.

Fui ao banco pagar a conta de gás, que vencia no mesmo dia. Estavamos apreensivos quanto a possibilidade de corte. O problema é que não temos tempo para ir ao banco efetuar o pagamento, e como este sábado foi minha folga, fui tentar pagar através dos terminais de auto-atendimento do banco próximo a minha casa. Lutas a parte pra tentar entender os kanjis na máquina, tive que pedir ajuda a uma brasileira que fala fluentemente o japonês (inclusive lê os kanjis) e ela percebeu que a opção de pagamento deste tipo de conta não estava habilitado. Somente durante os dias da semana eu conseguiria pagar através dos TAA (terminal de auto-atendimento). Então ela ligou para a companhia de gás (eu ainda não domino o japonês para tal) e explicou o acontecido. 

Mas que surpresa...quando ela falou que a gente não tinha tempo para ir ao banco, o funcionário da companhia de gás disse então que mandaria alguém até a nossa casa, na segunda-feira, para receber o dinheiro...Dá pra acreditar nisto? Não somente não cortarão nosso gás, e também não cobrarão juros, mas também irão até minha casa, à noite, para receber o pagamento.

Eu fiquei bobo, confesso...Ah Japão !!!

Até mais e boa semana a todos...

sábado, 30 de agosto de 2008

Fotos da semana


Todo mundo gosta de fotos né? Eu também. Segue então fotos tiradas esta semana.

Na coluna esquerda, duas fotinhas que a Renata vive tirando do celular dela e mandando pra mim. Por sinal, me deixa contente :) Logo abaixo fotos das escavadeiras já montadas e pintadas, e não são das maiores que eu faço aqui no Japão não.

Na coluna central, Renata com a aluna-xodó dela, Amandinha, na piscina durante aula de recreação da escola. Abaixo, Yan figuraça de toca dentro da piscininha e tirando onda de 'buda' ou 'homem feio' como ele prefere chamar.

Na direita. Renata em um surto megalomaníaco, montagem feita por ela, e mais escavadeiras, desta vez semi-montada e ainda sem pintar.

Abçs e até amanhã

domingo, 24 de agosto de 2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Agressividade...


Agressividade...

Descobri uma coisa que me deixou estarrecido...somos, nós brasileiros e sul-americanos de um modo geral, extremamente agressivos. 

Sempre ouvi dizer que éramos um povo cordial e amante da paz, que pouco se envolvera em guerras, que buscava sempre um bom relacionamento, cordial e saudável, com o próximo...tudo balela gente. Somos extremamente agressivos. 

Quando cheguei aqui percebi que os japoneses são orientados a 'ter um certo cuidado' com os brasileiros (japoneses, em sua maioria, chamam todos os sul-americanos de brasileiros, mesmo que seja um peruano...diga-se de passagem...muitos deles pensam que falamos espanhol), mas como eu ia dizendo...eles são advertidos a certos cuidados com relação a nós. Para os japoneses não é nada estranho o chefe dar um leve tapa na cabeça de um subalterno em sinal de reprovação a qualquer coisa que ele tenha feito de errado. Agora imagina um brasileiro levando um tapa na cabeça de um chefe...imaginaram a reação? Pois é, por isto que eles são advertidos. 

Japoneses vivem discutindo, mas quando a contenda envolve um brasileiro, quase  sempre os japoneses se retraem, isto porque brasileiro não discute, parte logo pra briga não é verdade isto gente? Eles são capazes de discutir por 30 minutos seguidos, e quando você pensa:

_Agora vai sair 'porrada'

Que nada, resmunga um pra cá, outro pra lá e fica por isto mesmo....a gente é que parte logo pra briga, rs!

Existe um histórico aqui na minha cidade de rivalidade entre peruanos e brasileiros. Hoje em dia a convivência parece ser mais amistosa, já não existem tantas brigas por parte dos jovens, mas ainda hoje um grupo fala do outro, dizendo ser 'esquisitos e encrenqueiros'. Na verdade, é o sujo falando do mal lavado entendem?

Até mesmo nas brincadeiras de trabalho podemos ver isto...os japoneses brincam entre si, natural, somos seres humanos, mas para um brasileiro, as brincadeiras chegam a ser infantis. 'Brincadeira' de brasileiro sempre envolve tapa, banda, xingamento, malícia etc. É verdade ou não é?

Os mal encarados somos nós, acreditem nisto que estou dizendo. Acho que é muito difícil para um estrangeiro entender o mecanismo que desencadeia uma contenda na mente de um sul-americano. Nós temos nossas regras, acordos tácitos entre a sociedade, sabemos o que podemos fazer, como brincar, quando falar, o que dizer, no momento certo, com quem....regras que aprendemos desde pequenos. Acho difícil um estrangeiro aprender estas regras. Percebo que são extremamente tênues os limites entre uma brincadeira hard e um conflito desencadeado.

Fofoca, intriga, luta por espaço, por influência, poder...tudo isto está no dia a dia de um brasileiro com uma intensidade, que só aqui percebo como somos agressivos. Quando vemos um brasileiro jovem, que foi criado aqui no Japão desde pequeno, é que notamos claramente a ... ausência de malícia. Aquela malícia que nos ajuda a viver aí no Brasil. Se não tiver ginga, jogo de cintura, e uma certa dose de cara feia, não é possível sobreviver na nossa terra. 

Chego a conclusão que tem que ter cacife para viver no Brasil. Definitivamente não é pra qualquer um não. As regras que nossa sociedade criou são extremamente individualistas e competitivas. Só vivendo em outro lugar do mundo para percebermos isto. 

É lógico que não somos tudo de ruim no mundo, mas que somos agressivos, isto somos. Apesar disto, somos gentis, coisa que um japonês não é. Japoneses são educados e cerimoniosos, gentis não. Quase impossível vermos um japonês abrir a porta de uma loja para uma senhora japonesa, mesmo que esteja com uma criança no colo. Ceder lugar para alguém de mais idade no trem? Nem pensar. Mulheres então? Que fiquem de pé, quem mandou entrar no trem tão tarde?

Percebo como um japonês fica 'emocionado' quando eu abro a porta para eles, ou quando cedo a passagem....eles não estão acostumados a isto. Coisas como abraçar, tocar, apertar a mão, este relacionamento que temos...'a cultura do toque', isto não existe aqui no Japão. 

Quando encontramos um amigo que não vemos há muito, gritamos, gesticulamos, fazemos festa...japoneses não conseguem expressar tal sentimento...se é que o possuem. Somos mais quentes, isto é fato, e talvez por sermos mais quentes para demonstrar carinho, amizade e amor, também sejamos quentíssimos para demonstrar raiva e insatisfação.

Abçs 

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Só pra relembrar...

Uma nova fase



Renata me acordou às 5:25 h da manhã, como é de costume, não tivesse havido esta semana de folga para deixar o corpo preguiçoso. São 6:05 da manhã e estou na estação de trem aguardando minha condução. O corpo estranho, eu estranho...estou me sentindo estranho...acho que é vontade de dormir, rs!

Agora meus dias ganharam trilha sonora...ganhei um IPod. É fato que as coisas rotineiras ganham um tom especial quando acompanhadas de música. 

A partir de hoje, inicia-se uma nova fase das nossas vidas, e da nossa estada no Japão. Levamos um ano de adaptação. Montamos nossa casa, procuramos um emprego melhor que o que haviamos conseguido quando chegamos por aqui. Já consigo falar um pouco deste idioma de doido e também consigo ler algumas coisas. 

Sempre prosperar, esta é minha meta. Não trouxe dois filhos ao mundo para que fosse diferente disto. Cada momento meu, será melhor do que o que passou e pronto. Não abro mão disto.

Fotos: 1- Renata e Yan em momento clean, rs. 2- 'close' de uma escavadeira, enfileirada com outras dezenas delas, na fábrica da Hitachi, onde trabalho.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Japão, país de imigrantes?


Uma das coisas que gosto de viver aqui no Exterior é a possibilidade de conhecer gente de todo o canto do mundo. Pessoas de nacionalidades tão variadas,  que talvez eu nunca tivesse oportunidade de conhecer se tivesse permanecido em nosso país.

O Japão está meio que em crise, porque sempre viveu uma situação confortável de ser um povo homogêneo, mas hoje a realidade é um pouco diferente. Em cada 30 crianças nascidas no Japão, uma é filha de pai ou de mãe estrangeiros. Aos poucos o povo japonês tem que conviver com gente de várias nacionalidades, e de acordo com estimativas governamentais, o Japão precisará de cerca de 10 milhões de imigrantes, se quiser continuar a movimentar sua máquina industrial. O Japão precisa de gente, e vai precisar mais ainda. Cada vez mais, a população envelhece, a taxa de natalidade diminui, e a população vai decrescendo. Mas existe ainda uma resistência grande por parte de muitos japoneses em admitir esta nova realidade. Que o Japão não é somente para os japoneses, mas também para descendentes e imigrantes, mesmo sem vínculo racial com o Japão.  Japoneses sentem um certo desconforto com relação a outras raças, principalmente sul-americanos, mas em compensação, são completamente apaixonados por norte-americanos. Eu, com esta cara que tenho, sempre sou confundido com um norte-americano e percebo a atenção especial que os japoneses dispensam. Como não sou bobo nem nada, solto o verbo em Inglês e pronto, rs!

É interessante ir para o trabalho, e se ver rodeado de gente falando espanhol, indonesiano, tailandês e, é claro, japonês. No meu trabalho conheci gente até do Sri Lanka, acreditam? No dia a dia não é difícil encontrar norte-americanos por aqui, aliás, é o que mais tem. Filipinos, Chineses, Indonesianos, Indianos, Paquistaneses, Sri Lankas (rsss, não sei como se escreve quem nasce no Sri Lanka, inventei este termo aí agora, rs), Iranianos, Peruanos, Bolivianos, Colombianos, Paraguaios, Argentinos (sim, até no Japão encontramos argentinos), e eu já vi gente da Itália, Canadá, EUA, Russia, Suécia e Alemanha inclusive.

Acho que listei todas as nacionalidades que vi por aqui até agora, rs! Esta foto que ilustra o post foi tirada no Bem Brasil, um bar brasileiro aqui na minha cidade. Interessante é que os europeus e Sul-americanos que vivem por aqui, independente de não serem brasileiros, frequentam este bar, com certeza por ser o único com estilo 'ocidental' e assim, sentem-se mais a vontade. Existe uma turma de alemães que vive por lá, além de peruanos. Tailandeses e Filipinos também gostam de frequentar o bar. Isto é muito legal, porque só mesmo estando aqui pra travar contato com gente de tanto lugar. 

Gosto muito de conviver com nossos 'hermanos de latino america', e tentar, eu disse tentar, compreender o espanhol. As vezes é difícil, e apelamos para o japonês, que acaba virando o idioma universal de todos os que vivem aqui. Brasileiros e Alemães se comunicam falando japonês, o mesmo se dá entre um vietnamita e um indonesiano. 

Infelizmente, no Brasil, principalmente para quem mora longe das fronteiras, conviver com estrangeiros é quase uma raridade. E acho que isto é um privilégio, aprender mais da cultura de outros povos, a maneira com que pensam e agem, saber que apesar de tão diferentes, somos tão iguais na essência. 

Viajar para o exterior passa a ser uma experiência fascinante por isto também. Existe uma multidão de 'irriquietos' no mundo, que não se contentaram em viver dentro de suas fronteiras, e partiram para desbravar todo canto do planeta. E aqui estou eu no meio deles, conversando, gesticulando, aprendendo com gente de países tão distantes quando a Indonésia, e tão mais próximos como o Peru.

Ja ía me esquecendo....brasileiros. Sim, somos muitos por aqui, e brasileiros de toda a parte de nosso Império. Conheci gente do Amazonas e Pará, do nordeste e centro-oeste.  É claro que a grande maioria é paulista e paranaense. Cariocas são uma raridade, mais ainda assim ouço falar de um ou outro carioca espalhado por aqui. E eu sou um deles.

Abçs a todos.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Dog Stop


Olha como eu tenho razão quando digo, não somente eu, mas todos que vivem aqui, que tem coisas que a gente só vê no Japão. Tirei esta foto na entrada de um shopping, em uma cidade próxima da nossa, cerca de meia hora de trem. Achei o máximo. 

Existem alguns kanjis na placa. Os da esquerda dizem que aquela parte é para lavar os pés do cachorrinho, e os da direita sinalizam o lugar onde ele deve beber água.

Coisas que só vi por aqui mesmo...

Passeio no Dai Buddha









Oi gente.

Este post é pra falar mais um pouco sobre o passeio que fizemos na cidade de Ushiku, visitando a maior estátua do mundo, e que no post anterior, só tinha algumas fotos.  É uma obra recente, se não me engano foi inaugurada em 1995, e tem 120 metros de altura, ou seja, três vezes o tamanho da Estátua da Liberdade, em New York, e um pouco mais de três vezes o nosso Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. A obra em si é um colosso  e intimida. Só a orelha da estátua tem 10 metros de comprimento, pra se ter idéia. De longe, da estrada, já podemos ver a estátua surgindo por detrás das árvores. Yan quando viu de perto o colosso de pedra ficou com medo, e dizia...'não qué homem feio' , hahaha!

A gente pode visitar o interior da estátua, até a altura do peito, o ponto máximo que os turistas podem ir, mas já é o suficiente, como podem ver pelas fotos...muiiiiito alto. Lá dentro tem umas imagens de buda toda de ouro, expostas ao público, fotos da construção do monumento, um 'cemitério', várias estátuas de buda pequenas, em uma sala enorrme, onde são colocadas as cinzas dos mortos....Yan disse que a sala tava cheia de 'homens feios', rs! Definitivamente, ele não gostou da imagem de Buda.

Não sei se todo mundo sabe, mas sou meio avesso a altura. Principalmente elevadores, mas enfim, procurei não pensar muito nisto. Ao chegarmos na estátua, tiramos nossos sapatos e vamos descalços mesmo, todo os recintos no interior da estátua são acarpetados, e sapatos são proibidos. Um casal que estava com a gente, e já tinha visitado, nos disse que iríamos pegar um elevador até a altura do peito da estátua, de onde poderíamos apreciar a paisagem, e eu gelei...mas o que a gente não faz pra divertir a família né? Passamos então por uma cortina, e me vi em um ambiente...indefinível, e eu pensei, agora já era, estamos no elevador. Eu, Renata e Yan, dois casais de amigos, e uma família japonesas, todos dentro deste elevador. A guia começa a falar coisas em japonês, é claro, explicando sobre o passeio pela estátua, mas eu já estava apavorado demais para tentar entender o que ela dizia. Quando de repente as luzes se apagam, e uma voz começa a sair de um alto falante que não descobri onde estava. Tudo aparentava passar tranquilidade para os visitantes, mas eu já estava surtando. Pensava, gente, que insanidade. Devemos estar a 50, 60 metros de altura e subindo, num elevador, descalços, com uma guia que só fala japonês e tudo absolutamente escuro....

_Calma Pedro, já deve estar chegando, mantenha a linha, olha a imagem que o Yan vai ter de você se você surtar aqui dentro.

Pensava eu, torcendo pra chegar logo no último andar, quando enfim a porta se abriu, e eu pude ver luz. Fomos caminhando, tudo muito bonito, muito limpo, quando o colega disse....vamos pegar o elevador pra subir. 

_Como pegar elevador? Outro? subir mais pra onde gente?

Eu continuava no primeiro andar e não tinha percebido. O tal do elevador escuro que eu quase tive uma crise de pânico, rs, não era nada mais nada menos que uma ante-sala, aff! Não sei porque criei esta neura que era o elevador, enfim. Já tinha passado pelo susto, vamos pegar o tal do elevador.

Reparem bem na última foto deste post. Vocês já perceberam que aquele pequeno 'poste' lá embaixo nada mais é que uma 'torre de alta tensão'. Isso gente, olha como o trem é alto. Estas torres já são altas por natureza. Sempre que vejo uma penso...quem será que tem que subir estas escadinhas até lá em cima heim? E que surpresa quando eu percebi que estava vendo uma destas torres...por cima, do alto. Que nervoso, rs!

O passeio é ótimo, e se você está aqui no Japão, vale a pena visitar. Afinal de contas, é a maior estátua do mundo, cercada por um jardim lindo, com esquilos, coelhos, porcos, macacos, coisa pra criançada se divertir. Tem também umas carpas que vem se alimentar bem na beirada do lago, sem medo nenhum da gente. Yan amou. 

Bjs a todos e até.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Natsu Yasumi


Natsu Yasumi significa 'férias de verão'. Aproximadamente uma semana de descanso obrigatório em todo o Japão. É claro que nem todas as empresas respeitam isto...alguns terão somente dois dias de natsu yasumi, outras dez dias...enfim, coisas de Japão. Se depender do empresariado aqui, a gente não folga nem no domingo.

Fato é que pra gente, que não tem direito à férias, esta semana vem bem a calhar. Sábado passado estava feliz como uma criança, super empolgado e tanto é que aqui estou eu, madrugada de terça-feira, navegando na net, sem me preocupar com o horário amanhã. Que maravilha :) Quando voltava para casa, vindo do trabalho, pude apreciar as meninas japonesas trajando seus 'quimonos' tradicionais, indo para as festas de rua que acontecem por aqui neste período. Mês de agosto é tempo de hanabi, sem dúvida, a festa mais bonita no Japão. As pessoas ficam mais soltas e alegres, bem diferente do dia a dia japonês, e saem para apreciar o festival de fogos que acontece nesta época. Aliás, hanabi significa fogos de artifício. Literalmente seria 'flor de fogo', legal né?

Hoje aproveitei o dia pra descansar, passear com Yan, e dormir...dormi muiiito, rs! A partir de amanhã vou colocar as coisas em ordem. Papelada, compromissos, emails etc.

O calor tá terrível, como todo verão japonês. O sol chicoteia, a gente foge mas não adianta. Não venta aqui no verão, como a gente está acostumado aí no Brasil. Nem uma pequena brisa, então já viu o mormaço que é. No Rio de Janeiro, também chegamos a 40 graus, bem como aqui anda fazendo, mas existe sempre a brisa que conforta a gente, rs. Aqui não tem isto não. Se não tiver ar condicionado....ai ai ai! Dá moleza e vontade de não fazer nada. Passear é bom, mas em dias quentes como este, só se for num shopping pra curtir o ar condicionado.

Abçs a todos.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Dai Buda - A maior estátua do mundo





Em breve falo mais sobre este passeio, por enquanto, algumas fotos pro povo ver.

Estou vivo...


A despeito da minha ausência prolongada da internet, sim...estou vivo ainda!

É bem verdade que em uma mini-mega-ultra-micro crise, mas 'daijoubu' (tudo bem!). Fora o fato de ter que viajar uma hora e meia, quase duas, para chegar ao novo emprego, do calor terrível que está fazendo no Japão, como faz em todo verão, dos insetos gigantes que existem por aqui, que de acordo com minha teoria, são resultado das bombas atômicas que foram jogadas durante a 2GM (vocês não tem noção de como são estranhos os insetos por acá), das SEMI, ou cigarras, que eu tenho aversão como a maioria das pessoas tem de barata, do dolar a R$1.57 , pra deixar a gente em aperto, e algumas crises passageiras, enfim....vai tudo bem na terra do sol poente, rs!

Ah, já ia me esquecendo...fizemos um ano de Japão, eita nós!!! Um ano de descobertas, e ainda não sei falar japonês direito, aff!!!

Um ano de saudades do Brasil, do Rio de Janeiro, de Londrina, da minha mãe, irmão, sobrinhas, cunhado, dos bares abertos na calçada, do cachorro quente na rua, da praia, do final de semana, dos jornais, tanto na TV quando nas bancas.  Saudades de coxinha de galinha, de falar bom dia e não 'ohayou'. Saudades de churrascarias, de rodízio de pizza, saudades dos amigos...

SAUDADES DA MINHA FILHA...

Não tem um dia sequer que eu não pense nela, e penso também que estou aqui por eles...Yan e Cacau.

Mas neste 'um ano' também fizemos amizades mais que especias, passamos por dificuldades e felicidades, passeamos, brigamos, brincamos, ganhamos dinheiro, gastamos dinheiro, comemos, vimos coisas diferentes, conheci gente do Sri Lanka, da Tailandia e da Indonésia. Conheci russos e romenos. Gente de todo o Brasil, de Manaus até o Paraná. Já vi e vivi coisas que nunca sonhara.

Gosto de estar aqui....gostaria de não ter precisado sair do meu país para viver, para sobreviver. Mas aqui, no exterior, começo a perceber novas nuances em tudo, em todos. Tudo é muito diferente...estamos soltos, sem raízes....desejosos de voltar pra nossa terra....com todos os problemas que ela tem de sobra. Mas é aí, no Brasil, que temos nossas raízes.

Voltarei em breve, com certeza. Enquanto isto, vou conhecendo o mundo, e me encantando com ele.

Abçs a todos.